sexta-feira, 9 de julho de 2010

Amar solenemente


Uma vontade berrante de dizer, mas nenhuma coragem – Assim ela acordou. – Menina recatada sem muitas histórias a serem contadas, e pouco a dizer sempre. Era sempre incerta. – Despiu-se rápido e assim foi pro banho. Cabelo de lado, ainda com muito sono. Assim que cada gota escorria, ela sentia como se cada resto de coragem fosse a caminho do ralo. Um espaço vago entre a lembrança e o medo, ou o medo e a vontade. Mas apesar de tudo determinava objetivos, com coragem ou não, atingia-os. – Assim que cruzou a rua, rapidamente virou a esquina, lá estava ele, a espera. Ela se sentiu não preparada, mas a situação imposta por ela mesma estava diante de seus olhos. Havia somente o orgulho predominante a sua frente. Precisava mais do que sempre quis dizer. Precisava de poucas palavras e de uma atitude rápida, para que não desse tempo da timidez vir à tona como sempre imaginara – Ele se aproximou. Ela não. Não podia reconhecer ela mesma, os comandos não eram o bastante para seus pés caminharem em direção a seu sentimento. – Ele ajudou. Ela resolveu falar. – Então eu te amo, seja paixão ou coisa parecida, é um sentimento irreparável que a gente não controla. Isso é amor não é? – Ela abaixara a cabeça – Falou numa intensidade e rapidez a qual o rapaz se assustou, mas entendeu. – E eu não posso... Ele respondeu. – Logo foi interrompido por um lapso no semblante dela, expressão forte de decepção, arrependimento. Por alguns instantes a garota não sentia os pés, as mãos, mal sequer tinha pensamentos. Era nula segundos antes da segunda frase imposta por ele. – Eu não posso mais esconder o que eu também sinto por você. – Mal teve tempo de respirar fundo. Fora a maior adrenalina sem movimentos. Ela começou a acreditar na magia que é amar... Saber ter certezas...

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