domingo, 22 de março de 2015

Você mesmo me acostumou com a sua falta.
Mesmo que a palavra presença não fosse de maior uso no nosso dicionário, sua participação na minha vida era maior, seu interesse.
Não sei se o melhor é cortar os laços aos poucos ou do nada, e sinceramente, nem sei como no nosso caso isso aconteceu. Se foi aos poucos, não me permiti ver as mudanças que aconteciam ao meu redor, fechei os olhos, não quis acreditar. Se foi do nada, eu senti bastante, quando eu vi, já era. Já era feito, já estava consumada a tua ausência.
Um dia eu olhei pro lado e eu via meus amigos rindo, se divertindo e você não estava ao meu lado, via um filme sexta a noite e não tinha com quem dar minha opinião, via um filme em cartaz que me chamava a atenção mas não tinha certeza se no final de semana você ia poder ir comigo, queria te ligar pra contar coisas incríveis do meu dia ou da minha semana mas não podia porque você depois de meses de namoro disse que não gostava de falar ao telefone, deixei de mandar mensagens sobre coisas engraçadas do cotidiano, o lado direito da cama era meu e de repente, não existia mais lado, eu era o centro da minha própria solidão.
Tua presença só não saiu de dentro de mim, fez questão de ficar aqui pra lembrar o quanto aquele vazio externo se transformou em uma dor incorporada a mim. Como se fosse alguma pena que eu tivesse que cumprir por amar demais.

Amei mais que a mim. Esse foi meu erro, diria até que foi o maior deles. 

sexta-feira, 20 de março de 2015

Eu sei que as pessoas mudam. A todo tempo, por todos os lados, todos os dias, o tempo inteiro. E isso ta certo. Mas tem coisa que faz falta, que da saudade.. E é uma saudade que vem quando a gente se acostuma com a pessoa tendo um determinado comportamento e de repente, ele não existe mais. Tem coisa que faz uma falta além da falta normal, como se tivessem tirado uma parte que é necessária, uma das peças mais importantes do quebra-cabeça, uma das pilastras de um edifício, uma parte especial de um todo, a essência! O amor fica, mas a espera perde um pouco do sentido, já que uma das partes que a estruturam não existe mais, ou está em falta. O ruim é que a gente sente que tem que parar de esperar, parar de esperar algo bom, esperar só mais distância, mais falta de expectativa, mais, mais e mais.. Mas no fundo a gente espera sim, espera mais. Mas esse 'mais' acaba deixando um vazio, um espaço de menos.  =/

segunda-feira, 9 de fevereiro de 2015

Ah, se ele soubesse..
Se ele soubesse que me derreto quando olho aquele sorriso que sorri com o olhar junto, que me desmonta quando vira os olhos devagar pra mim por alguma piada que faço. 
Se ele soubesse que quando eu falo uma besteira, por dentro estou me martirizando, me odiando por ter chateado tanto quem eu tanto amo, mas aí eu já falei e seguro a durona por fora enquanto por dentro estou querendo pular naqueles braços e falar pra esquecer tudo e me dar um beijo terno que só ele sabe me dar..
Se ele soubesse que esse beijo tem um poder sobre mim que até eu mesma desconheço, desvia minha atenção, meu foco, aquele que você me puxa e me beija com vontade, me faz até esquecer aonde estou..
Se ele soubesse que toda vez que me despeço, meu coração se parte em mil de caquinhos, que se pudesse medir essa dor, dor de te ver indo pra longe de mim, diriam que é um exagero de um simples 'até semana que vem', mas pra mim, é muito.
Se ele soubesse o efeito que o nome dele tem pra mim, se alguém me fala, se vejo me ligando, se recebo uma mensagem, é como se tivesse um despertador que vibrasse com tamanha intensidade que meu coração por um instante quisesse sair procurando o dele..
Se ele soubesse o orgulho que tenho dele, da pessoa que ele é, do caráter que ele tem, da sensatez que ele usa para tomar impotantes decisões - mesmo que elas me afetem negativamente -, mesmo assim vou continuar o admirando, nunca tive uma imagem dele sem ser a de Homem, ele é Homem desde os  14,15 anos dele, e sempre achei isso.
Se ele soubesse a vontade de tê-lo sempre por perto, não exitaria nem um minuto em estar comigo também.
Se ele soubesse que pelo menos uma vez ao dia admiro fotos nossas, e viajo no tempo, revivo momentos que fomos tão felizes e os quero de novo.
Se ele soubesse quantas vezes peguei o telefone para ligar pra ele só para ouvir a voz dele e dizer que o amava mais do que eu pudesse descrever, e mesmo assim, eu já fiz isso muitas vezes mas sei que ele não gosta de falar 'bobagens' no telefone, então inventei qualquer assunto e desliguei logo após meia-feliz porque ouvi sua voz mas não deu pra falar o que sentia..
Se ele soubesse a urgência que tenho para o nosso futuro, mesmo sabendo que teremos problemas também, mas pelo menos resolveríamos juntos.
Se ele soubesse que todo retorno dele meu desejo é pular em seus braços e apertar com tanta força que na intensidade do abraço ele consiga sentir o quanto o amo, o quanto a saudade doeu e o quanto sua volta me deixava feliz.
Se ele soubesse que quando peço pra termos um tempo mais para 'nós', é porque quero deitar com ele, fechar os olhos e sentir o cheiro de paz, proteção e amor que ele transmite e que para isso eu preciso só da gente, sem conversas, sem mais olhares, sem mais.
Se ele soubesse que meu amor por ele transcede qualquer tipo de explicação..

Ah se ele soubesse.. Mas ele não sabe de tanta coisa.

sexta-feira, 23 de janeiro de 2015

Eu queria ter todo esse ânimo e inocência, os quais eu escrevi há alguns anos os textos que aqui estão publicados. Não tenho mais a confiança que eu tinha no alto dos meus 15 anos, eu tinha certeza de tudo que eu dizia, eu sabia - ou pensava que sabia - como tudo funcionava e tinha fórmulas exatas pra quase tudo. Problemas? Não existiam.. Eu sempre achava que sabia o que fazer. Sabe o que é pior? Hoje eu também sei. Sou o pior tipo: errante consciente. Sei o que devo fazer, sei como devo agir, mas tenho medo de achar que sei demais. E depois?
Há um tempo resolvi me aprofundar mais na arte do deixar acontecer, deixar por conta dos momentos, dos sentimentos. Mas sinceramente, não tem dado um resultado muito favorável. Me dava melhor quando eu era 'sabichona', essa nova de mim dona da infinitade do tempo e seguidora de Zeca Pagodinho não conseguiu segurar a barra. Não conseguiu segurar quando tirou as barreiras da Tsunami de sentimentos que vieram.. Me vi imersa em mim mesma, e eu mesma sou muita coisa pra eu mesma. Complicado. Sim, sou também. Não tenho controle de mim, do que eu sinto e do que eu deixo sair de mim. Palavras, impulso. Combinei os dois muitas vezes e deu uma bomba. Bomba que os estilhaços só estão vindo em mim mesma. Plantei, colhi.
Mas cadê a volta por cima? Cadê a vontade de mudar a situação? Desconheço tudo, não tenho peito pra isso. Procuro palavras, situações, livros de autoajuda, nada se encaixa. Acho que sou uma confusão de drama mesmo, cheguei a essa conclusão quando vi que quando estou ocupada não perco tempo nem lágrimas com nada disso. Cabeça vazia, coração cheio.
Cabeça cheia, coração equilibrado. 
Ou seria só saudade mesmo.
Os dias e horas não deram uma trégua. Fizeram questão de passar bem passado, segundo por segundo, minuto por minuto. Conta-gotas. Acho que devo ter prestado atenção em cada instante da hora nessa semana. Saudade. E nem sei mais se é de você, saudade de alguém que você foi. Espero a semana inteira por alguém que existe só nas lembranças de uma noite que não consigo dormir ou em cada detalhe que vejo em livros e filmes e que fazem questão de conter um pouco de você em cada um deles. Seja uma mania, tipo aquela sua de ser irritantemente paciente pra tudo, Ou algum momento nosso, sabia que tem filme que parece a gente?
Espero por alguém inexistente, vazio. Vazio por mim. Mas ainda mesmo doendo, vou continuar a esperar, um dia quem sabe recolho meus caquinhos, ponho na trouxa e pego meu caminho. Um dia. Agora não, agora não..

segunda-feira, 24 de dezembro de 2012

Vai ficar bem..


Tô exausta. Por dentro, por fora e, se existir algum outro lado, também estarei. Meu psicológico não funciona direito e meu emocional só funciona para pensar no que aconteceu e eu poder chorar tudo aquilo que eu pensei que já tinha chorado, mas é só lembrar, putz, é só lembrar! Quero viver mil amores e morrer de amores as mil vezes e ser decepcionada mil e uma, mas não quero passar por isso nunca mais. Dói, dói, dói e só dói.
Volta pra mim mãe, hoje, ontem, agora, estou no meu limite sem você.

‘’Espírito Santo use as palavras que eu necessito usar mas não consigo, me ajude nas minhas fraquezas não sei como devo pedir... Estou clamando, estou pedindo, só Deus sabe a dor que estou sentindo...’’
Deus está comigo e isso vai passar..

domingo, 11 de setembro de 2011

Diário de uma partida.

A nobre sensação de não estar mais agradando, misturada com uma grande pitada da essência de não ser boa o suficiente.

Chega a hora, você se sente impotente, aliás, eu.

Tão que eu boto a culpa em você, maldita mania.

As tentativas de arranjar um assunto que te faça rir como no início, te fazer ficar entretido comigo.

Juro, faço o possível e o impossível transbordarem numa imaginação flexível para conseguir bolar algo que te faça feliz, bem.

Vou perdendo minhas forças, minhas pobres tentativas, casos, sentimentos,..

Não tome isso como uma desistência não, acontece que, tem coisas que a gente por mais que tente mudar ou imaginar que não é tão ruim assim.

Dói, machuca, fere, mata.

Te deixo com perspectivas de alguém apaixonado, iludido e infelizmente ferido.

Mas as coisas acontecem e a culpa não é sua, nem minha, nem nossa.

A culpa não é de ninguém, mas se quiser achar um motivo, diga que foi O destino.

E se ele te responder, mande um recado pra mim para a tal Saudade, e diga que ela pare de vim me visitar, nem se for por alguns dias, algumas horas, ou ao menos alguns instantes.

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