quarta-feira, 14 de julho de 2010

Precisava dizer...

Ela estava tremula, estalava os dedos compulsivamente. Queria mais do que urgentemente uma resposta pra pergunta da vez: É amor?

Não sei ao certo se isso é normal ou se não costuma a acontecer com os outros. Mas o que eu to sentindo é novo, é estranho e eu não sei se gosto.

Escrevo-te então, tentando explicar – direito ou não – o que nem eu mesma sei dizer...

"Pode parecer estranho, pra mim também parece. Não fique assustado com essa minha vontade compulsiva de entender o que está se passando. Eu já estou e isso basta. Te quero longe por determinadas horas, não faço questão de sua presença e pensar em você não me atrai o quando deveria. Em meus assuntos no pensamento, você também nessas horas não está. Essas horas que eu digo, eu nunca sei em qual hora acontece, mas não deixam de acontecer. Hipocrisia seria se eu parasse ai. Quando estou longe, há algum tempo, minhas pernas tremem, algo sussurra seu nome em meu ouvido sem parar, minha garganta fica seca, esperando que palavras saiam em direção a você. Ansiedade e coração disparado são sintomas comuns ultimamente. Em nossa presença, meu corpo pede seu cheiro e muito mais, minha boca pede você. Meu corpo desfalece ao lembrar do nosso abraço, que me acolhia, me esquentava e me cobria quase por inteira. Mesmo que não fosse o suficiente. Querer por muitos momentos deixar meu corpo leve, levantar os braços e cair sobre você, eu passaria horas ali, em qualquer lugar, parada com você. É difícil demais pra mim tudo isso. Estabilidade não faz mais parte do meu vocabulário. E Intensidade entrou pro nosso. Não deixo de dizer tudo que disse no início, faz parte do que eu sinto e isso não se nega. Desculpe se não era o que você esperava ler, mas foi o que eu precisei dizer, escrever a você. Não quero banalizar a situação ou até mesmo a gente. Acordei sentindo tudo muito igual, talvez eu não possa te dar sossego, exagero de minha parte. Talvez até eu tenha estado com você por puro medo, medo de estar sozinha, medo de o fantasma chamado carência bater na porta. Ou do sentimento variável ‘saudade’ desaparecer. Deixar o amor de lado sempre foi um objetivo, infelizmente desta vez, uma guerra já perdida, você me fez disso esquecer.

Talvez mesmo, isso passe e você tenha que esquecer – ou me esquecer – mas verdadeiramente eu não queria isso. Dizer mais do que isso, é querer demais que entenda o que se passa dentro de mim e isso, de verdade, se tornará missão para poucos, não que você não tenha capacidade para isso mas, se você já ficou confuso com essas minhas palavras, imagina se souber tudo que penso. Continuarei criando minha instabilidade em você..."

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