sexta-feira, 16 de julho de 2010

Ao cair da última gota

Pensamentos vagos o poder da chuva proporcionou a ela, uma mistura de lembranças passadas com a monótona passagem do momento ou de outra coisa qualquer. Olhava para baixo como se o chão fosse eterno e suas memórias realmente prevalentes. Fechou os olhos com nenhum propósito concreto, apenas ouvir o barulho daquele fenômeno que fazia música aos seus ouvidos, até mais do que isso, eterna canção para que pudesse imaginar estar num paraíso das águas. Imaginou sua vida diante aquela situação, não pensou direito, não estava totalmente concentrada no que estava fazendo, aliás, mal sabia no que estava concentrada. Pudesse então a chuva carregar todos os seus problemas? Todos os seus medos, todas as suas angústias, tudo o que a fazia mal de alguma forma. Talvez sua memória fosse fértil demais diante aquela situação, talvez por um momento quisesse fugir do meio em que vivia, em que viveu. Passar imaginar até um outro mundo, um mundo novo que queria viver. Um mundo em que a chuva não servisse somente de frio para os que menos tiveram oportunidades e de cenário para os que tiveram mais. Encontraria um dia o porquê que a chuva nascia em cima e morreria lá em baixo. Sem certezas científicas...

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